Extreme thoughts
O sinal aberto do canal tem-me feito gastar algum tempo. Demasiado.
Alguns dos pros actuais do skate ainda não eram nascidos quando eu dei os primeiros passos.
Em 1985 não havia skateparks em Portugal. A cena era andar.
Com 14 anos, o mais radical que fiz foi cair em cheio numa poça de água com aulas a seguir, descer, com um colega, os passeios da Avenida 25 de abril, em Viseu, aproveitando as lombas formadas pelas raízes das árvores para mais adrenalina, descer a Rua Direita a toda a velocidade matraqueando as rodas nas divisórias das lajes de granito e percorrer, sem cair, na escola, um muro de 25 cm de largura e 25 m de comprimento.
Cheguei a pensar economizar o dinheiro das senhas de almoço até ter o suficiente para comprar um skate. A fome e a consciência, talvez mais a fome, venceram.
O Tony Hawk é dois anos mais velho do que eu.
Hoje ninguém faz tic-tac.
Com 34 divirto-me com o meu irmão de 12 quando partilhamos juntos uma descida resguardada do nosso bairro. De pé dá mais pica. Sentados, fartamo-nos de rir com os despistes.
2 comentários:
Eu nunca fui muito de skates. A moda na minha altura (bem depois da tua) era os patins brancos que havia na Suiça. Os Kryptos. E eram caros que se farta. Desisti no dia em que tentei descer o halfpipe (de betão, diga-se) e espalhei o traseiro no chão, fazendo com que não me pudesse sentar como deve ser no mês seguinte.
Ainda os tenho. Não me servem, mas ainda os tenho.
:)
Traseiro no chão é o que acontece, mais tarde ou mais cedo, quando se insiste em andar com os pés "no ar"(sobre rodas)...
A última vez que lá fui ainda se viam esses patins. Nos pés e nas montras. Caros! Costuma andar pessoal ao pé do lago, em Genève, a fazer gincana em torno de umas garrafinhas cheias de areia. Os gajos dão-lhe forte!
Porquê que não fazes uns patins sandália?! :)))
Abraço!
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