20.11.07

STOP

Não deixa de ser paradoxal que, talvez a mais universal das palavras, encerre no seu cofre semântico a solução, se não para todos, pelo menos para muitos dos problemas universais.
Num mundo onde a proactividade, para além de estar na moda, se calhar mais a palavra (o palavrão) do que o conceito, é estimulada e elogiada, ser proactivo deveria ser, muitas vezes, parar.
Fazer qualquer coisa, a qualquer custo, sob o pretexto de que não se pode parar, de que assim o mundo não anda para a frente, soa-me um pouco a trapalhice, a comportamento industrializado, como se as acções e os seus resultados devessem depender de uma unstoppable linha de montagem intelectual e não de um very stoppable e artesanal tear racional.
A inércia é uma força.
Culpa mea est.

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